terça-feira, junho 27

Os optimistas são os verdadeiros realistas

O ultimo post tratou-se apenas de um ponto de vista pessoal, é de pedir que não se assuma qualquer semelhança como demasiado real. Agradecem-se os comentários comentando que na vida as armadilhas e demais dificuldades são também um desafio que podem dar muito sabor à vida. O que tira muito desse sabor é a velhacaria, a maldade, a necessidade de alguém reduzir outrem ou mesmo esmagar para seu prazer!

Pois é, "A coragem de ser autêntico" de Jacques Salomé é uma excelente referência que este homem teve curiosamente oportunidade de conhecer aquando da leitura do livro de Alexander Jardim "Autobiografia de um Amor"(http://manonetmoi.free.fr/jardin/oeuvres/autobiographie.htm). A coragem de ser autêntico é muito bonita! Parece-me que requer que cada um possa se conheçer bem mesmo ao nível inconsciente (?? - se é que tal é possivel) e dos seus comportamentos pessoais. Tal parece não estar ao alcance da maioria e requer um trabalho que em geral é introspectivo. Algo que muito custa nestas fases de crescimento é que durante esse tempo há a sensação que se está parado e não a viver ... Certamente falta algo que este homem não esteja a fazer bem ... Faz tempo que o livro não saí da prateleira ... vai sair agora ;-) !



Só como pequena nota, a abordagem do tal romance de Alexander baseado(?) nos trabalhos de Jacques Salomé apresenta duas faces da mesma moeda:
1) a mulher desiludida por não ver os seus sonhos satisfeitos decide partir e deixar acessível um registo dos desejos numca antes comunicados ... para ela acabou-se; e
2) o homem surpreendido ... acredita que a única forma de retornar àquele amor o aparecer como outro ... aquele que sendo ele era também capaz de satisfazer os sonhos daquela mulher e de si mesmo. O papel dela parece ser insinuar para depois conduzir através de permisões e recusas, o papel dele é tentar compreender cada sinal e "deixar-se" encaminhar jogando para que o objectivo dela seja também o dele. É uma visão masculina da crise no casal/relação mas deixa-se aqui registado o agrado naquela leitura que surpreendeu (coisa por vezes rara!).



Entretanto as pessoas com quem este homem convive têm-no questionado. Devem sentir as mudanças e a dificuldade em falar ... Essa está em que por principio não se deve falar dos aspectos negros de outra pessoa nas suas costas. E a face negra de cada um - mais ou menos escondida - é algo que se vê de vislumbre e nem sempre se quer acreditar. Como falar disso que mal se vê... Além disso neste momento interessa mais pensar no futuro!

Uma questão que mexeu um pouco foi uma pergunta de uma amiga do tipo: "Houve...grande paixão, sentimento arrebatador que não pôde ser vivido ... por existir esse peso do compromisso assumido (família)?"
Mas porque raio ha-de alguém pensar que é preciso uma paixão externa para se sofrer ... A resposta foi que a tristeza vem de a grande paixão que levou ao casamento e à paternidade não ter conseguido ser aprofundada e amadurecida, apesar de anos e anos de tentativa com tudo que soube e conseguiu fazer. Por principios, ou numca acreditando que fosse resolver algo fora - tudo o que sempre procurou foram amizades. Só entretanto vem a descobrir, essas amizades mostraram que podiam ser bem maiores que as dentro da familia e que a familia também pode ser grande fonte de inimizades e luta.

Um brinde a todos os que acreditam no valor da simples conversa e que nisso sentem prazer! A todos os que procuram ser autênticos pois esses são certamente os optimistas e verdadeiros realistas, e não os que por serem pessimistas se julgam realistas!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Citando Anais Nin: "We don't see things as they are, we see them as we are". Na 1ª ou na 3ª pessoa, as palavras ainda k ficcionadas ñ deixam de ter 1 fundo real qto + ñ seja pela impressão pessoal k o autor, ser humano c/ sentimentos, experiência de vida, etc, presume-se, lhes imprime. P/ mim as coincidências jamais são puras...nesta perspectiva. A "Coragem de ser autêntico" fez-me reconhecer a importância do auto-conhecimento. Por vezes inconsciente/ fazemos julgamentos errados e colocamo-nos demasiado fácil e precipitada/ no lugar do outro sem fazer o esforço necessário p/ perceber o k se passa efectiva/ com o nosso eu. Been there, done that, confess! Um brinde às conversas saudáveis e preciosas k p/ além de permitirem k nos ouçamos a nós mesmos em diálogo com os outros, nos levam a descobrir rumos e amigos genuinos, pessimistas ou optimistas, favoráveis ou contrários, desde k bem intencionados e dispostos a ouvir e a contribuir p/ o nosso cresci/ autêntico no mundo real...e dos sonhos. I do dream 2...with dreams which pass into the reality of action ;o) TPS

11:02 da tarde  
Blogger A Sonhadora said...

Ó paz de espirito, quando fôr á ericeira, vou ver com atenção...mas que coisa mais gira que me contas...
espero que o teu fim de semana tenha sido mto bom
beijocas

10:24 da tarde  

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