terça-feira, julho 11

Explicadores, Estruturadores, Explicações da Vida e Sonhadores

Ajudando o filho nos estudos acontece por vezes sem saber nada naquela àrea específica ser-se capaz de chegar, pensar e perguntar: já pensaste nisto e naquilo. E zás ... problema resolvido! Que melhor capacidade podemos ensinar ... que usar a
nossa experiência para resolver questões que numca antes se nos puseram.

Recorda este homem os que conheceu assim, como no exemplo seguinte. Como discipulo pergunta como posso fazer determinada tarefa ... resposta: qual é o problema? ... e o discipulo volta a perguntar como é que vai começar e qual o

procedimento ... e novamente a resposta é: qual é o problema? e o discipulo volta a perguntar onde pode encontrar umas dicas para o fazer ... e a resposta volta ao mesmo: mas qual é o problema? ... e de repente faz-se luz ... sabe-se lá porquê ... e o discipulo diz ... já sei!!! (e no entanto o "mestre" apenas repetiu "qual é o problema?"). A máquina pensante funcionou!!!

De facto "fazer a papinha" é geralmente privar os nossos "discipulos" de percorrerem o seu caminho de crescimento do pensamento e criatividade. Para além da racionalidade ... somos espirituais, e na aprendizagem não parece ser de todo correcto separar tais àreas. Os que por algum motivo não tiveram acesso a uma formação de base e cultura geral precisam de explicadores enquanto os outros precisam de estruturadores ... que lhes indicam o caminho, onde buscar o conhecimento e as ferramentas da resolução dos problemas.

Mas haverá maior lição que aprender a lidar com emoções geradas no incômodo da ignorância: Como reagir? Com quem? Com que intensidade? Em que momento é mais apropriado? Com que razão? A gestão das emoções é aí o fundamento da arte de viver ... e só depois vem o bem viver! Que tipo de aprendizagem é necessária para que isto saia naturalmente? E sempre sem esquecer, que uma resposta adequada num momento pode ser completamente desadequada noutro momento.

Outra lição é a que uma mente aberta procura receber outrem sem o considerar estranho. Tenta ver para além dessa sensação o que motiva a diferença e em que medida nos enriquece essa observação. Poucas vezes este homem considerou tal postura estéril ou inapropriada. Sejam como forem desde que estejam em busca da própria elevação e que sejam optimistas respeitadores pode-se sempre esperar algo de positivo.

Neste contexto nada mais banal que ser-se mal interpretado seja no que fôr ... o que admira é quando os sinais ... a comunicação ... funciona em sintonia pois nem os envolvidos compreendem exactamente porquê!

A vida é mesmo um eterno conflito de escolhas, o tal eterno dilema ... Em todas as decisões abdicamos algo de nós ... como quando tomamos opções de investimentos há uma perda de oportunidade de mais valia nas opções rejeitadas. A nossa limitada
disponibilidade para abarcar várias escolhas em simultâneo e a necessidade de investir a fundo numa, leva a isso!

À questão de "Até k ponto o sentido do dever e a nossa luta interior nos permite ser verdadeiramente felizes?" este homem apenas pensa como a nossa elevação pode ser feita no sentido de harmonia entre deveres e direitos ... os compromissos e a liberdade ... onde ser verdadeiramente feliz é talvez e também compreender a precaridade dessa harmonia e equilibrio e mesmo assim procurá-los! É um percurso e não um destino ... E sim, depois de um sonho realizado é de esperar um grande vazio pronto para novo sonho. Isso lembra-nos da necessidade de um a vida equilibrada que preencha as muitas vertentes: amigos, saúde, forma física, situação económica, situação familiar, situação pessoal, ...

Fez isto lembrar quando uma amiga perguntou: "Se pudesses comprar sonhos, qual o que escolhias neste momento?". Que malandra ... então nao sonharia com o fim da venda de sonhos? Que pesadelo! Oh não !!! ... não será melhor entrar no jogo e brincar aos sonhos, construi-los e sentir esse prazer do imajinário construido e partilhado para nosso belo prazer?


(obtido de http://www.kaliblog.blogspot.com/)

Brindemos a todos aqueles que não descartam por se ser estranho ou por falta de novidade (ausencia de essencia de estranho), mas que gostam de brincar saudavelmente construindo as suas relações mesmo que sonhando acordados com os pés no chão.

1 Comments:

Blogger augustoM said...

Venho agradecer e retribuir a visita, e aproveito a oportunidade para pegar no sonho.
“Sonhar nunca fez mal a ninguém”. O que motiva o sonho, é a busca da felicidade, só se quer sonhar com coisas que nos são particularmente gratas. “O sonho é que faz o mundo girar”. Tem de ser um sonho demasiadamente ambicioso, e muitas vezes na ambição se perde o homem.
Aquilo que se sonha, define o perfil do sonhador, pois sendo o sonho subjectivo, o roteiro reflectirá as suas ansiedades.
Um abraço. Augusto

9:30 da tarde  

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